Paixão Por Osasco: Coluna 5


BONITINHO E CHEIROSINHO


No ano de 1995, quando retornei ao futebol brasileiro, eu estava atuando pelo Fluminense.


Na zaga, jogava um zagueiro de Goiatuba, chamado Frei. Todos os dias, para ir treinar eu dava uma carona a ele.


Em uma reunião da comissão técnica, o treinador me chamou e pediu para que eu aconselhasse o jovem zagueiro Frei - já que o mesmo batia demais nos treinamentos - e 
visando a fama de zagueirão, escolhia as estrelas do time titular como vítimas de suas 
botinadas.

Diziam as vítimas – algumas estrelas do Flu como Djair, Renato Gaucho, Valdeir (The 
Flash) e Leonardo - que enquanto os jogadores engraxavam suas chuteiras, o zagueirão “amolava” as travas da chuteira dele para deixar a indelével marca nas milionárias canelas 
dos super stars.


Ponderei com ele, dizendo que jamais seria titular do tricolor carioca batendo daquele jeito. E começamos um diálogo:
Frei: Vamp eu não consigo, adoro chegar junto.
Vamp: Você nunca se ferrou com essas atitudes, só bater?
Frei: Olha Vampeta, teve um centroavante que eu não conseguia chegar perto dele. 
Nunca consegui marcá-lo! O nego cheiroso – era Claudio Adão. O aroma que exalava 
do corpo daquele deus negro me embriagava a ponto, de só perceber que tinha sido gol por causa dos gritos da torcida. Quando caia em mim, nada era possível ser feito! Ô nego 
cheiroso...


Outra história que me chama atenção, em relação a cheiro, foi em um jogo entre a seleção do Brasil e a da Inglaterra.


Eu estava no banco de reserva da seleção, e o valor dos jogadores do banco, chegava 
próximo ao Bradesco ou Itaú, só tinha craques.


Todo mundo só falava em Beckham, a mais representativa beleza do ser humano.


De repente, uma bola saiu para a lateral, como um caminho traçado pelo destino, a bola vai até o nosso banco de reservas, onde estavam ao meu lado: Rogério Ceni, Kaká, Belleti, Denílson, Ricardinho e Luisão.


Silêncio geral no banco, vem, em direção a bola, ele, David Beckham. O uniforme branco, sem nenhuma sujeirinha, impecável, como a de um bebê. O cabelo loiro esvoaçante. Os olhos azuis, e o corpo impecável.


Os “machões” do banco suspiravam.


De repente, um jogador, que não vou falar o nome, pois fica chato, sussurra: ele é lindo mesmo!


O outro, esquecendo-se que faz parte do esporte bretão, meio que enfeitiçado diz; além 
de bonito, sente o cheiro...


Fique por dentro de outras histórias em meu blog – www.blogdovampeta.com.br e se quiser, vamos trocar e-mail – vampeta@gremioosasco.com.br

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